
O professor aposentado Marcos Dantas, da UFRJ, publicou uma carta pública afirmando que seu comentário sobre “guilhotina” destinado à filha de Roberto Justus foi apenas uma “metáfora infeliz” e pediu desculpas por causar indignação. Ele alegou que suas palavras foram distorcidas e que jamais quis incitar violência literal, tentando amenizar a repercussão negativa do caso.
Na carta, Dantas explicou que é contra qualquer forma de violência física e que usou uma figura de linguagem exagerada para criticar o consumo exibido por parte da elite, não para agredir uma criança. Ele disse que foi mal compreendido, mas reconheceu que a escolha das palavras foi imprudente e lamentou o impacto emocional sobre a família Justus e a sociedade.
Apesar do pedido de desculpas, a UFRJ se manteve firme ao repudiar publicamente o comentário, reafirmando que o pensamento de Dantas não representa a instituição. O episódio reacendeu críticas à forma como professores e figuras públicas se expressam nas redes sociais, mesmo após se aposentarem, e reacendeu debates sobre liberdade de expressão e responsabilidade ética.
Agora, a família Justus segue com a preparação de ações judiciais, enquanto setores conservadores questionam a legitimidade da “metáfora” usada. A repercussão promete alimentar ainda mais a discussão sobre limites discursivos, simbolismo nas redes e os riscos de se ultrapassar linhas institucionais em nome de protestos políticos.
