
O governo Lula voltou atrás e decidiu adiar qualquer retaliação às tarifas de 50% anunciadas por Donald Trump contra produtos brasileiros. A estratégia do Planalto agora é ganhar tempo e empurrar a crise com os Estados Unidos para depois de agosto, na esperança de que o cenário internacional mude ou que Trump recue por conta própria.
Com medo de piorar a situação, o Palácio do Planalto optou por uma postura passiva. Em vez de enfrentar a decisão do presidente americano com firmeza, Lula prefere adotar o silêncio e esperar o impacto político da medida nos setores exportadores, especialmente no agronegócio, que já sinaliza preocupação com prejuízos bilionários.
Nos bastidores, assessores de Lula admitem que não há ambiente para confronto direto com Trump. O governo teme que uma resposta dura leve a um agravamento da crise diplomática e econômica, o que prejudicaria ainda mais a imagem de Lula no exterior — que já anda desgastada por suas alianças com regimes autoritários e sua postura antiamericana.
Enquanto o Brasil adia qualquer reação, os Estados Unidos seguem firmes com a imposição das tarifas. O recuo de Lula é mais um sinal de fraqueza de um governo que perdeu o respeito no cenário internacional e que parece mais preocupado em proteger seus aliados internos do que defender os interesses do país.
A base conservadora, principalmente do agro, cobra uma postura mais firme de Lula, que até agora parece mais interessado em posar de pacificador do que em agir como chefe de Estado. A situação escancara a submissão do governo brasileiro diante de pressões externas, e mostra que quem realmente manda no jogo é Trump.
Até agosto, Lula tentará acalmar os ânimos, mas o estrago já está feito. A imagem de um governo fraco, hesitante e sem credibilidade internacional se consolida cada vez mais. O Brasil fica à mercê de decisões estrangeiras enquanto o Planalto finge normalidade e empurra o problema com a barriga.