
No episódio mais recente do programa Falando Abertamente, a comentarista Cristina Graeml trouxe uma análise firme sobre os rumos do país, destacando o desgaste crescente do ministro Alexandre de Moraes e a possibilidade real de que o Brasil esteja presenciando o início do fim da chamada “tirania da toga”. A avaliação parte de uma série de acontecimentos políticos e jurídicos que marcaram o início de 2025.
A análise começa pela eleição de Hugo Motta e Davi Alcolumbre para as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente, no dia 1º de fevereiro. A escolha dos nomes teria ocorrido com a promessa de colocar em pauta o PL da Anistia, uma demanda crescente da base conservadora e da população que clama por justiça e equilíbrio entre os poderes. Em seguida, veio a pressão popular nas ruas, reforçada por manifestações que tomaram diversas cidades do país exigindo a libertação dos presos políticos do 8 de janeiro.
Esse movimento aumentou o peso sobre o Congresso e expôs ainda mais a atuação isolada e autoritária de ministros do STF, com Alexandre de Moraes no centro dos questionamentos.
Além disso, investigações nos Estados Unidos sobre possíveis abusos de autoridade cometidos por Moraes trouxeram ainda mais tensão. Enquanto isso, a imprensa internacional tem denunciado os constantes ataques à liberdade de expressão promovidos por decisões judiciais arbitrárias, comprometendo a imagem do Brasil no exterior.
A situação se agravou recentemente após Moraes suspender a extradição de um cidadão búlgaro acusado de tráfico internacional de drogas. A medida foi uma retaliação direta à recusa da Espanha em extraditar o jornalista Oswaldo Eustáquio, mais um episódio que expõe o uso político das decisões judiciais e amplia o isolamento institucional do ministro.
Com tudo isso, a figura de Alexandre de Moraes vem perdendo força. A cada novo embate, ele se afasta ainda mais da legalidade e sofre rejeição crescente até mesmo entre setores que antes o apoiavam. Seria este o início do colapso da era da toga autoritária?