
A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou oficialmente na mira dos Estados Unidos, que já vinham aumentando a pressão contra o ministro Alexandre de Moraes e o governo Lula (PT). A escalada aconteceu após a chegada de uma carta do senador republicano Shane David Jett, pedindo explicações sobre a omissão da PGR diante de denúncias de ilegalidades no Brasil — com potencial de sanções internacionais.
A mensagem repercutiu internamente como uma bomba. A PGR, chefiada por Paulo Gonet, estava fora do foco inicial, mas agora é vista pelos EUA como cúmplice silenciosa das medidas autoritárias que têm minado a liberdade de expressão e os princípios democráticos. Jett cobra uma resposta formal do Brasil, exigindo saber quais providências o MPF tomou para combater abusos relatados amplamente na imprensa nacional e internacional.
Segundo o jornalista Paulo Cappelli, o cerco pode se ampliar: delegados da Polícia Federal e membros da própria PGR são citados como possíveis alvos de sanções, acusados de dar “sustentação institucional” ao ativismo judicial de Moraes. A estratégia de Trump, que antes mirava diretamente o STF, agora começa a envolver todo o aparato que mantém o sistema de censura ativo no país.
O governo Lula, já fragilizado pela nova tarifa de 50% imposta por Trump aos produtos brasileiros, vê a pressão aumentar. O temor dentro do Planalto é que os EUA ampliem as sanções de forma mais acelerada do que o esperado, atingindo nomes-chave do governo, do Judiciário e da PGR. A escalada promete abalar as estruturas de Brasília e colocar Lula, Moraes e Gonet no mesmo barco.