O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) está cada vez mais perto de perder seu mandato. O relator do processo contra o parlamentar no Conselho de Ética da Câmara, Paulo Magalhães (PSD-BA), apresentou parecer favorável à cassação, após um episódio de agressão contra um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) nas dependências da Casa, em abril de 2024.
A votação do parecer foi adiada por um pedido de vista feito pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), aliado de Braga, mas deve ocorrer na próxima sessão. Se aprovado pelo Conselho, o relatório segue para o plenário da Câmara, onde precisará do apoio de pelo menos 257 deputados para confirmar a cassação. No parecer, Magalhães destacou que Braga “abusou das prerrogativas parlamentares e ultrapassou os limites do decoro”.
O psolista é acusado de chutar e empurrar o militante Gabriel Costenaro, além de partir para o confronto físico com o deputado Kim Kataguiri (União-SP). O caso gerou revolta entre parlamentares e reforçou críticas sobre a postura agressiva de Braga.
Em publicação no X, antigo Twitter, Braga tentou se justificar:
“Usei todas as ferramentas que estavam à minha disposição nesse processo para mostrar o que é o MBL, quem é Arthur Lira e denunciar o orçamento secreto. Tô preparado para o que vier.”
No ano passado, o deputado abriu mão de testemunhas no processo, alegando que a situação “passou dos limites”.
A confusão aconteceu em um dos anexos da Câmara, quando uma discussão entre Braga e Costenaro rapidamente se transformou em violência física. O tumulto foi contido por policiais legislativos, que levaram os envolvidos para o Departamento de Polícia Legislativa (Depol). No local, Braga ainda discutiu com Kim Kataguiri, sendo flagrado pressionando as mãos do parlamentar paulista.
Para o partido Novo, autor da representação, essa atitude configura mais uma agressão física do deputado do PSOL. Jornal da cidade