PF investigou desenho de pênis com asas enviado a diplomata

Um envelope com um desenho de um pênis com asas virou caso de polícia no Itamaraty. O caso aconteceu em 21 de junho de 2024, quando Cristiano Ebner, chefe da Divisão de Saúde e Segurança do Servidor (DSS), viu uma carta sobre sua mesa endereçada a ele e a abriu. O documento teria sido entregue pelos Correios no Ministério das Relações Exteriores (MRE), em Brasília, tendo como remetente a Fundação Kresus. Ao abrir, o primeiro-secretário do Itamaraty foi surpreendido. O chefe da DDS entendeu o desenho como uma ofensa e ameaça; então, levou o caso para a Corregedoria do MRE, pois, sua função, entre outras, é tratar de exames admissionais e perícias médicas, podendo desagradar outros servidores, principalmente os que, por alguma razão, são levados a retornar do exterior. Além da Corregedoria, a Polícia Federal (PF) também foi acionada e, em agosto de 2024, a investigação conseguiu encontrar quem teria postado a carta usando as imagens do circuito de segurança da agência dos Correios. Mas Ebner não conhecia a pessoa apontada no vídeo. O autor da carta só foi revelado depois, quando Pablo Cardoso, ministro-conselheiro do Brasil na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), confessou ser o autor do desenho. Segundo ele, tratou-se de “uma pegadinha infantil” e pediu desculpas. Em sua explicação, Pablo contou que avisou aos seus colegas do Itamaraty que faria uma brincadeira com o autor da próxima comunicação vinda de Brasília em uma sexta-feira. Cristiano foi o autor do comunicado e, então, se tornou alvo da carta. Pablo assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em outubro do ano passado e assim Cristiano resolveu não abrir um processo administrativo disciplinar. A PF também arquivou o caso por não encontrar ameaça e, Pablo acabou sendo enviado para chefiar a embaixada em Guiné-Bissau, na África.