Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), tem demonstrado preocupação com o "Caso Zambelli", que envolve a deputada federal Carla Zambelli, também do PL. A cassação do mandato de Zambelli pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) em janeiro de 2025, por uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político, colocou o partido em alerta, especialmente devido ao potencial impacto na composição da Câmara dos Deputados.
A decisão do TRE-SP ainda precisa ser confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas já levantou preocupações dentro do PL sobre a possibilidade de uma retotalização dos votos em São Paulo. Isso poderia resultar na perda de mandatos de outros deputados do partido, já que a votação expressiva de Zambelli contribuiu para a eleição de outros parlamentares do PL através do sistema de quociente eleitoral.
Valdemar tem atuado nos bastidores para garantir a defesa de Zambelli, procurando apoio jurídico e político para reverter a decisão do TRE-SP. Ele tem se movimentado para evitar que a cassação deflagre um efeito cascata sobre outros deputados do PL, especialmente aqueles que foram eleitos por margens estreitas.
Este esforço inclui negociações com lideranças partidárias e jurídicas para apresentar recursos ao TSE, na esperança de manter o mandato de Zambelli e, consequentemente, a configuração atual do partido na Câmara.
Posts no X e reportagens da imprensa destacam que Valdemar Costa Neto está preocupado com a possibilidade de precedentes que a cassação de Zambelli poderia criar, afetando outros parlamentares do PL que enfrentam ou poderão enfrentar processos semelhantes. A estratégia de Valdemar também envolve garantir que o partido não seja visto como fraco ou vulnerável diante de ações judiciais, mantendo a coesão interna e a influência política do PL no cenário nacional.
Este caso não é isolado; ele reflete uma tensão contínua entre o poder judiciário e o legislativo no Brasil, onde decisões judiciais podem alterar significativamente a representação política. A atuação de Valdemar em torno do caso de Zambelli é, portanto, vista como uma tentativa de proteger não apenas o mandato de um deputado, mas a própria integridade e força do partido no contexto político brasileiro.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...