O senador Eduardo Girão, candidato do Novo à presidência do Senado, afirmou, em entrevista a O Antagonista, que a proposta de abertura do voto nessas eleições foi prejudicada pelo receio de parlamentares de apoiarem um candidato alternativo a Davi Alcolumbre (União-AP)-favorito na disputa- e em seguida, enfrentarem dois anos de isolamento na Casa Legislativa.
“A gente sabe que muitos parlamentares têm medo de se expor porque passariam dois anos com um presidente que não votou, sabendo do isolamento – o que o Pacheco fez com a oposição – e em vez da oposição continuar firme, forte, ela adere“.
“Carguinho aqui e acolá”
O parlamentar acrescentou que a população não foi convencida pelo argumento de que a ocupação de um espaço na Mesa-Diretora justifica a adesão de partidos, como o PL de Jair Bolsonaro, ao apoio a Davi Alcolumbre.
Essa é a argumentação usadas por líderes da legenda para fundamentar a escolha feita pelo candidato do centrão. “A população não entrou nessa narrativa de que carguinho aqui e acolá justifica um apoio a Alcolumbre. Isso é o que eu considero uma grande vitória da Cidadania. O basileiro não egoliu isso”.
Alcolumbre e o PT
Girão também considera que a provável eleição de Davi Alcolumbre vai dar sustenção ao governo Lula na relação com o Congresso. “Não é atoa que ele é o candidato do PT e do Lula. Ele é uma peça importante [para a relação de Lula com o Congreso]”.
Apesar do apoio de Alcolumbre na interlocução com o Congresso, o senador não acredita que a relação do Legislativo com o Parlamento vai avançar “porque ele [o Governo] não faz o dever de Casa”.
O parlamentar fez menção aos últimos dois anos, quando, segundo ele, a oposição conseguiu desgastar o governo Lula, mesmo sem ter espaço na Mesa Diretora.
“Esse governo Lula está agonizando. Uma irresponsabilidade completa. Nós mostramos, sendo oposição de verdade, sem comissão nenhuma, sem ter lugar na mesa, conseguimos trazer várias vezes [o governo] para cobrar explicação, e isso vai fazendo também um desgaste, porque eles são incompetentes”. Informações O Antagonista
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...