Após o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassar o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, o Partido Liberal (PL) anunciou medidas para lidar com a situação. Em 30 de janeiro de 2025, o PL informou à CNN que iria recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a decisão do TRE-SP. Esta ação judicial seria uma tentativa de manter Zambelli no cargo, uma vez que a decisão de cassação não tem efeito imediato e ela pode continuar exercendo o mandato até que todas as instâncias recursais sejam esgotadas.
A decisão do TRE-SP, tomada por 5 votos a 2, também declarou Zambelli inelegível por oito anos, a partir das eleições de 2022. A ação foi movida pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL), alegando que Zambelli teria disseminado notícias falsas sobre o processo eleitoral de 2022. Com a cassação, há um efeito cascata potencial sobre a bancada do PL na Câmara dos Deputados, já que a retotalização dos votos pode resultar na perda de outras cadeiras do partido, uma vez que os votos recebidos por Zambelli são anulados.
O PL expressou solidariedade à deputada, publicando uma nota onde confia no trabalho e na trajetória de Zambelli, defendendo seus valores. O partido também indicou que está preparado para enfrentar o processo judicial, destacando a importância de garantir a representação de seus eleitores. A medida tomada pelo PL não se restringe apenas à defesa de Zambelli, mas também busca proteger a composição da bancada do partido na Câmara, considerando a possibilidade de perderem entre 2 a 3 deputados devido à retotalização dos votos.
Zambelli, por sua vez, utilizou suas redes sociais para afirmar que a decisão "não terá efeitos imediatos" e que continuará a lutar pelos valores que representa, indicando que irá recorrer da decisão judicial. A reação do PL e de Zambelli reflete a importância política e estratégica da manutenção do mandato, não apenas para a deputada, mas também para o partido, em um contexto onde a composição do Congresso pode definir a influência e o poder de barganha em futuras negociações legislativas.
A situação gerou um debate sobre a responsabilidade dos políticos em relação à disseminação de informações e o impacto que decisões judiciais podem ter na política partidária. A movimentação do PL e a defesa de Zambelli colocam em pauta questões sobre a justiça eleitoral, a integridade eleitoral e as repercussões das ações de um político individual sobre um partido e a representação democrática.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...