O Partido Liberal (PL) assegurou a vice-presidência tanto do Senado quanto da Câmara dos Deputados na eleição para os cargos da Mesa Diretora realizada em fevereiro de 2025. Eduardo Gomes (PL-TO) foi eleito primeiro vice-presidente do Senado, enquanto Altineu Côrtes (PL-RJ) assumiu a primeira vice-presidência da Câmara. Esta conquista é significativa para o PL, especialmente considerando que o partido não conseguiu garantir as presidências das duas Casas, que foram para Davi Alcolumbre (União-AP) no Senado e Hugo Motta (Republicanos-PB) na Câmara.
A eleição de Eduardo Gomes para a vice-presidência do Senado foi parte de um acordo amplo entre diversos partidos, incluindo o PT, que garantiu a segunda vice-presidência para Humberto Costa (PT-PE). Gomes, conhecido por sua postura moderada, é visto como uma ponte entre diferentes alas políticas dentro do Senado, especialmente em um contexto onde o PL busca manter influência e relevância sem o comando direto da Casa.
Na Câmara, Altineu Côrtes, líder do PL na Casa, foi escolhido para a primeira vice-presidência, o que coloca o partido em uma posição estratégica para influenciar a agenda legislativa e a condução dos trabalhos parlamentares.
A escolha de Côrtes reflete a intenção do PL de permanecer ativo e relevante dentro das negociações e decisões que impactam a legislação, especialmente em um cenário onde o partido não tem o controle total da Câmara.
A presença do PL nas vice-presidências de ambas as Casas é vista como uma vitória estratégica, permitindo ao partido manter uma voz significativa na condução dos trabalhos legislativos. Esta posição pode ser crucial para influenciar a pauta legislativa, negociar emendas orçamentárias e até mesmo no controle da agenda em momentos de ausência do presidente das respectivas Casas. É também uma forma de garantir que o PL continue a ter um papel importante na coalizão governista ou na oposição, dependendo das dinâmicas políticas futuras.
Além disso, essa configuração de poder nas Mesas Diretoras do Senado e da Câmara reflete a complexidade da política brasileira, onde acordos e alianças são fundamentais para a governabilidade e para assegurar o avanço de projetos de interesse dos partidos envolvidos. A eleição de membros do PL para esses cargos demonstra a capacidade do partido de fazer política de bastidores, garantindo posições de destaque mesmo sem o comando supremo das Casas.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...