A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti Neto pelos supostos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. O pedido foi apresentado nesta sexta-feira (31) no processo que apura a invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a deputada e Delgatti atuaram juntos na invasão ao sistema do CNJ, com o objetivo de inserir um falso mandado de prisão contra Moraes. A PGR também afirmou que Zambelli orientou o hacker a forjar o documento como se fosse uma ordem oficial do ministro e a criar uma falsa decisão de bloqueio de valores na conta de Moraes.
Uma narrativa fantasiosa, segunda a deputada. A defesa de Carla Zambelli negou qualquer participação da deputada nos crimes e argumentou que não teve acesso a todas as provas do processo.
Os advogados solicitaram a reabertura de prazo para a apresentação da defesa e insistiram que o caso deveria ser julgado pelo Plenário do STF, por envolver uma parlamentar federal.
"A deputada não praticou qualquer ilicitude e confia no reconhecimento de sua inocência, porque a investigação evidenciou que inexistem elementos de que tenha contribuído, anuído ou tomado ciência dos atos praticados", afirmaram os advogados Daniel Bialski, Bruno Borragine, André Bialski e Daniela Woisky em nota.
A defesa informou ainda que pretende solicitar perícia independente nas mídias utilizadas como prova e reafirmou sua confiança na absolvição da deputada ao longo do processo.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...