A nova cúpula do Congresso Nacional, formada por Hugo Motta (Republicanos-PB) na Câmara dos Deputados e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) no Senado, planeja exercer pressão sobre Luiz Inácio Lula da Silva em 2025. Esta pressão visa principalmente acelerar a reforma ministerial e resolver o bloqueio das emendas parlamentares, essenciais para a aprovação de projetos importantes como o Orçamento de 2025 antes do carnaval.
Com a popularidade de Lula em declínio no início da segunda metade de seu mandato, os partidos que sustentam o governo estão aproveitando a situação para exigir mais espaço no gabinete ministerial e maior influência na distribuição de recursos através das emendas. A nova liderança do Congresso, percebendo a fragilidade do governo, busca garantir mais poder e autonomia, além de assegurar que suas pautas e os interesses de suas bases eleitorais sejam atendidos.
Hugo Motta e Davi Alcolumbre, ambos com experiência em negociações políticas, já demonstraram que não facilitarão a vida do presidente, nem na Câmara nem no Senado.
Motta, eleito com o apoio do Centrão e de uma ampla gama de partidos, incluindo o PL de Jair Bolsonaro, está em posição de exigir mudanças na composição ministerial, enquanto Alcolumbre tem defendido a importância das prerrogativas do Legislativo em relação às emendas, que foram parcialmente bloqueadas por decisões do Supremo Tribunal Federal.
A pressão também se manifesta em questões como a liberação de emendas parlamentares, que são fundamentais para os deputados e senadores manterem apoio em suas regiões. O bloqueio desses recursos pelo STF devido a questões de transparência tem criado um impasse que a nova cúpula do Congresso pretende resolver, seja através de negociações com o Executivo ou por meio de legislação que garanta a execução desses fundos.
Além disso, a nova liderança do Congresso está preparada para usar sua influência para cobrar do governo uma agenda mais alinhada com os interesses dos parlamentares, especialmente em um cenário onde Lula enfrenta desafios como a alta nos preços dos alimentos, crises econômicas e a necessidade de manter a governabilidade com uma base política diversificada e, por vezes, volátil.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...