O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a transferência do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima de Brasília para Manaus. O militar, que faz parte do grupo conhecido como "kids pretos", estava preso no Comando Militar do Planalto e agora será transferido para o 7º Batalhão de Polícia do Exército, localizado em Manaus. Essa decisão foi tomada após um pedido da defesa do militar, que argumentou a necessidade de estar mais próximo de sua família, que reside na capital amazonense.
Hélio Ferreira Lima foi preso em novembro de 2024 na Operação Contragolpe, da Polícia Federal, que investiga um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro Alexandre de Moraes. O militar foi inicialmente detido no Rio de Janeiro e depois transferido para Brasília em dezembro do mesmo ano. Agora, com a autorização de Moraes, ele será realocado para uma unidade onde poderá ter mais contato com seus familiares.
A transferência de Hélio Lima para Manaus foi oficializada em despacho do STF, onde Moraes defere o pedido e comunica ao Comando Militar da Amazônia e ao 7º Batalhão de Polícia do Exército sobre a nova localização do detento. A decisão atende a uma solicitação formal da defesa, que buscou melhores condições para o militar cumprir sua prisão preventiva, considerando a proximidade com a família como um fator de bem-estar durante o processo judicial.
O caso de Hélio Lima está inserido em uma investigação mais ampla, onde outros membros dos "kids pretos" também foram detidos.
Esse grupo é conhecido por ser uma unidade de elite do Exército Brasileiro, especializada em operações especiais. A investigação aponta que os suspeitos faziam parte de uma trama golpista que planejava ações contra figuras centrais do governo brasileiro.
A transferência de Lima para Manaus é um procedimento que requer coordenação entre diferentes instâncias militares e judiciais, garantindo que todas as partes envolvidas sejam notificadas e que os procedimentos de segurança sejam seguidos. Este movimento reflete também a complexidade e a extensão das investigações em curso, que envolvem figuras do alto escalão militar e questões de segurança nacional.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...