Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, se encontrou com Vanessa Vieira, esposa de um dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O encontro ocorreu em 11 de fevereiro de 2025 e foi marcado por uma entrevista coletiva onde Vanessa, acompanhada de seus seis filhos, pediu apoio parlamentar para uma possível anistia ao marido, Ezequiel Ferreira Luís, condenado a 14 anos de prisão por sua participação na invasão às sedes dos Três Poderes.
Vanessa Vieira foi ao Congresso Nacional para implorar misericórdia e solicitar que o tema da anistia fosse pautado na Câmara. O encontro com Hugo Motta aconteceu no gabinete da presidência e durou cerca de 30 minutos. Motta, que recentemente declarou que os atos de 8 de janeiro foram casos de vandalismo e não uma tentativa de golpe, recebeu a família de maneira receptiva, segundo relatos do líder da oposição, deputado Luciano Zucco (PL-RS).
A visita de Vanessa é vista como um movimento estratégico da oposição para pressionar a pauta da anistia, especialmente considerando que Hugo Motta tem se mostrado sensibilizado ao tema.
O líder da oposição afirmou que houve um entendimento de que o assunto seria discutido com outros líderes partidários, sinalizando uma possível abertura para que a questão fosse levada ao plenário.
Este encontro também reflete as tensões políticas em torno dos eventos de 8 de janeiro, onde muitos condenados ainda estão presos e seus familiares buscam apoio para a revisão de suas sentenças. A pauta da anistia é controversa, dividindo opiniões dentro do Congresso, com parte dos parlamentares temendo que tal medida poderia incentivar novos atos antidemocráticos.
A reunião com Vanessa Vieira e seus filhos é interpretada como mais um aceno de Motta à direita, enquanto ele tenta equilibrar suas relações entre governo e oposição. Aliados de Motta no centrão consideram que ele ainda está se ajustando ao cargo de presidente da Câmara, e que suas ações terão repercussões significativas na dinâmica política brasileira, especialmente em relação a temas sensíveis como a anistia para os condenados do 8 de janeiro.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...