Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, elogiou a coragem do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), recém-eleito presidente da Câmara dos Deputados, logo no início de seu mandato. Em um comunicado enviado a aliados, Bolsonaro destacou a postura de Motta em relação à anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, chamando a anistia de "humanitária" e não política.
Hugo Motta assumiu a presidência da Câmara em 1º de fevereiro de 2025 e já na primeira semana de fevereiro fez declarações que repercutiram entre os apoiadores de Bolsonaro. Motta afirmou que os eventos de 8 de janeiro não deveriam ser caracterizados como uma tentativa de golpe, mas sim como atos de vandalismo por parte de indivíduos que expressavam sua insatisfação com os resultados eleitorais.
Bolsonaro, que tem sido um defensor da anistia para os condenados desses eventos, viu nas declarações de Motta um sinal de apoio ou, pelo menos, de uma abordagem mais branda em relação aos condenados.
Ele mencionou que Motta está "iluminado" por Deus e pediu que os pais e mães pudessem brevemente abraçar seus filhos novamente, referindo-se aos presos.
A postura de Motta sobre o tema da anistia gera tensão com o Supremo Tribunal Federal (STF) e com o governo federal, uma vez que há uma resistência significativa à revisão das sentenças dos envolvidos nos atos de janeiro de 2023. Bolsonaro aproveitou para reforçar seu apoio a uma anistia, argumentando que seria uma medida humanitária, não política, para aliviar o sofrimento das famílias dos condenados.
A mensagem de Bolsonaro aos seus aliados é parte de uma estratégia de manter influência política mesmo fora do cargo presidencial, utilizando figuras como Hugo Motta para promover agendas alinhadas com suas visões. A atitude de Motta, ao buscar um diálogo responsável no Congresso e ao defender uma punição equilibrada, pode ser interpretada como uma tentativa de navegar entre as diferentes forças políticas dentro e fora da Câmara.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...