A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) é uma organização do governo americano que se dedica a promover o desenvolvimento econômico, social e político em países ao redor do mundo. No Brasil, a USAID tem financiado projetos que incluem a conservação da Amazônia, o desenvolvimento de políticas sustentáveis, e o fortalecimento da democracia. Esses projetos envolvem parcerias com ONGs locais, governos e comunidades para abordar questões como a desinformação, a proteção ambiental e a governança democrática.
Durante o governo de Jair Bolsonaro, a USAID foi acusada por alguns de interferir na política brasileira. Especificamente, houve alegações de que a agência teria financiado iniciativas que poderiam ter impactado a eleição de 2022. Uma dessas acusações vem de Michael Benz, ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA, que afirmou que a USAID gastou recursos em advogados para pressionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o combate à desinformação e em campanhas para a aprovação de leis contra a desinformação.
A USAID, no entanto, defende que suas ações no Brasil e em outros países são alinhadas com seu mandato legal de promover o desenvolvimento sustentável e a democracia.
Entre os projetos financiados, estão aqueles que visam a proteção dos direitos humanos, o fortalecimento das instituições democráticas e a promoção de práticas ambientais sustentáveis na Amazônia, regiões onde o governo Bolsonaro enfrentou críticas internacionais.
O financiamento da USAID para ONGs e projetos no Brasil foi visto por alguns como uma forma de influência política, especialmente dado o histórico de investimentos em áreas que foram pontos de conflito durante a administração Bolsonaro. Este tipo de assistência pode incluir apoio financeiro para iniciativas que promovem a transparência, a participação cívica, e a proteção de zonas ambientais críticas, o que pode ser interpretado como interferência dependendo da perspectiva.
Apesar das acusações, não há evidências públicas concretas que confirmem diretamente que a USAID teve um papel decisivo na saída de Bolsonaro do poder. A agência continua a operar no Brasil, focando em áreas como a conservação ambiental e a governança democrática, enquanto as alegações de interferência permanecem um ponto de debate e investigação.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...