Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, fez comentários depreciativos sobre o filme "Ainda Estou Aqui", que foi indicado ao Oscar em 2025 nas categorias de Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz para Fernanda Torres. Durante uma entrevista ao repórter Daniel Carvalho da Bloomberg, Bolsonaro afirmou: "Nem vou perder tempo, tenho o que fazer. Conheço a história melhor que eles." A declaração foi feita no contexto de uma discussão sobre o filme, que retrata a história de Rubens Paiva, um ex-deputado federal que foi torturado e morto durante a ditadura militar no Brasil.
"Ainda Estou Aqui" baseia-se no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho de Rubens Paiva, e narra a jornada de Eunice Paiva, esposa de Rubens, após o desaparecimento de seu marido. O filme atraiu mais de 3,8 milhões de espectadores no Brasil e teve um desempenho notável em Portugal e nos Estados Unidos. Bolsonaro, que foi inelegível até 2030 por acusações de abuso de poder político e econômico, criticou a produção, alegando que a história é "contada pela metade" e "glamourizada para um lado só."
A relação de Bolsonaro com a família Paiva remonta à sua juventude em Eldorado Paulista, onde a família Paiva tinha influência devido à posse da Fazenda Caraitá. Esta conexão pessoal pode explicar, em parte, sua reação ao filme. Bolsonaro também tem um histórico de negar, quando deputado federal, que Rubens Paiva tenha sido assassinado por militares, afirmando que ele foi morto por guerrilheiros de esquerda. Ele chegou a cuspir em um busto em homenagem a Paiva na Câmara dos Deputados, chamando-o de "comunista" e "vagabundo".
Bolsonaro reiterou sua posição em outra ocasião, afirmando que o filme só teria valor se começasse com ele próprio, insinuando que a narrativa histórica apresentada no filme não reflete sua visão dos eventos. Ele também mencionou que não tem tempo para assistir filmes, preferindo focar em relatórios e outras informações mais relacionadas ao seu trabalho.
A declaração de Bolsonaro sobre "Ainda Estou Aqui" reflete não apenas uma crítica ao filme, mas também se encaixa em um padrão mais amplo de sua postura em relação a narrativas que abordam a ditadura militar e violações de direitos humanos naquele período, uma temática frequentemente controversa e politicamente carregada no Brasil.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...