O jornal "O Estado de S. Paulo" (Estadão) publicou, em 13 de janeiro de 2025, um editorial intitulado "A lição do ministro Fachin", onde elogia o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, por sua defesa da separação entre o Direito e a política. No editorial, o jornal ressalta que o STF "se converteu há um bom tempo em arena política", criticando a frequente mistura entre política e Justiça dentro da Corte.
O editorial cita um discurso recente de Fachin em uma cerimônia do governo, onde ele enfatizou a necessidade de observar os limites da Constituição e de dar "ao Direito o que é do Direito, e à política o que é da política". Essa fala foi interpretada pelo Estadão como um reconhecimento da urgência de "despolitizar o tribunal" e devolver ao STF sua função de guardião da democracia, em vez de ser um árbitro político.
O jornal destaca que o discurso de Fachin serve como um lembrete de que, em uma democracia, o papel do juiz não é construir o resultado de nenhum jogo político, mas sim responsabilizar aqueles que violam as regras. O editorial argumenta que a nomeação de ministros para o STF tem sido baseada na expectativa de que eles trabalharão a favor das pautas do governo, o que contribui para a perda de confiança da sociedade na Corte.
O Estadão ressalta que a crítica ao STF não é nova, mas o discurso de Fachin é visto como um sinal de que nem tudo está perdido na instituição, e que ainda existem ministros preocupados com a contaminação política da Justiça. O editorial termina elogiando a "lição" de Fachin, sugerindo que o STF precisa de uma reflexão profunda sobre sua atuação para recuperar a credibilidade perdida.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...