ntre as quatro militares israelenses libertadas neste sábado, 25, pelo Hamas, está Naama Levy, mantida em cativeiro por quase 500 dias. O vídeo de Naama sendo colocada em um jipe em Gaza circulou o mundo poucas horas após seu sequestro, em 7 de outubro de 2023.
Na época, José Marcos Tenório, também conhecido como Sayid Marcos Tenório, zombou da militar nas redes sociais.
“Isso é marca de merda. Se achou nas calças”, escreveu ele, acrescentando um emoji de risada, diante do vídeo que mostra terroristas armados retirando a refém do porta-malas de um jipe e conduzindo pelos cabelos até o banco de trás. O comentário foi uma resposta a uma seguidora, que publicou as referidas imagens acompanhadas da pergunta: “Estuprar civil ajuda no que a Palestina?”
Embora Lula tenha omitido o nome do Hamas em suas “condolências aos familiares das vítimas” dos ataques terroristas naquele dia, Sayid Tenório criticou o presidente, negando o terror do Hamas, sem distinguir seus membros e os palestinos inocentes:
“Que declaração fajuta. Que ataque terrorista o que, Lula! Os palestinos têm o direito de resistir a [sic] opressão e o [sic] roubo de terras que Israel pratica há mais de 75 anos”, afirmou. Dias antes, Tenório já havia publicado em outra rede social uma foto em que aparece ao lado de Alexandre Padilha (um dos sete então deputados do PT que assinaram um manifesto pró-Hamas em 2021):
“O Ministro Alexandre Padilha recebeu hoje o Instituto Brasil-Palestina, na pessoa do presidente Ahmed Shehada e desse amigo de vocês, ocasião [em] que dialogamos sobre o estreitamento das relações e do apoio do Governo brasileiro ao povo palestino”, escreveu.
José Marcos Tenório tem uma longa carreira partidária como membro de partidos de esquerda no Brasil.
Entre 2019 e abril de 2023, Tenório foi secretário parlamentar do deputado Márcio Jerry, do PCdoB. No governo de Dilma Rousseff, teve seu cargo mais alto: trabalhou como chefe de gabinete da Subsecretaria de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência. Entre 2007 e 2011, foi secretário parlamentar de Jilmar Tatto, do PT.
As reféns libertadas neste sábado
Libertadas neste sábado (25), as soldados Karina Ariev, Daniela Gilboa, Naama Levy e Liri Albag foram capturadas em 7 de outubro de 2023, durante uma invasão armada do Hamas à base militar de Nahal Oz.
A libertação das militares faz parte de um acordo de troca de reféns mediado após meses de cativeiro.
O Hamas também anunciou que uma refém civil, Arbel Yehud, será libertada no próximo sábado. Yehud deveria ter sido solta junto com as militares, mas o governo de Israel exigiu provas de que ela está viva.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...