Uma pesquisa recente indicou que a percepção de corrupção no Brasil teve um aumento de 45%. Este dado é baseado no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023 da Transparência Internacional, onde o Brasil caiu 10 posições no ranking, alcançando a 104ª colocação entre 180 países avaliados. A pontuação do país foi de 36 pontos, uma queda de 2 pontos em relação ao ano anterior, situando-se abaixo da média global de 43 pontos. A escala do IPC vai de 0 a 100, onde 0 representa alta percepção de corrupção e 100, baixa percepção.
O relatório da Transparência Internacional aponta que o governo de Jair Bolsonaro foi responsável por um retrocesso significativo no combate à corrupção, desmantelando marcos legais e institucionais que haviam sido construídos ao longo de décadas. Apesar de algumas medidas de controle social da corrupção terem sido reestabelecidas sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o país ainda enfrenta desafios na reconstrução dos mecanismos de controle jurídico e político. A dificuldade em avançar com reformas anticorrupção e a continuidade de práticas questionáveis no Congresso Nacional foram destacadas como fatores contribuintes para esse aumento na percepção de corrupção.
Além disso, o relatório menciona a influência política sobre instituições de controle, a politização dos órgãos de justiça e a falta de transparência nas emendas parlamentares como aspectos que têm perpetuado a corrupção. A nomeação de figuras politicamente ligadas para posições estratégicas também foi criticada, incluindo a indicação de advogados pessoais para o Supremo Tribunal Federal (STF) e a escolha de um novo procurador-geral da República fora da lista tríplice, o que pode ser visto como uma continuidade de práticas que enfraquecem a luta contra a corrupção.
A pesquisa ainda destaca o papel do Congresso Nacional, que, segundo o relatório, vem falhando na reconstrução dos mecanismos de controle jurídico e político, além de criticar a falta de transparência em relação às emendas parlamentares.
A ampliação e fortalecimento do "Centrão" e a manutenção do esquema do "orçamento secreto" são apontados como fatores que "pulverizam a corrupção em nível local", distorcendo políticas públicas e favorecendo interesses eleitorais de curto prazo.
Por fim, a corrupção no Brasil não apenas afeta a confiança nas instituições, mas também contribui significativamente para a desigualdade social, ao desviar recursos de áreas críticas como saúde e educação. A pesquisa reforça a necessidade de reformas profundas e continuadas para combater a corrupção de forma eficaz, promovendo transparência, fortalecendo instituições e garantindo a participação da sociedade civil no processo.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...