Seis em cada dez brasileiros acreditam que o Brasil está seguindo "na direção errada", segundo uma pesquisa realizada pelo instituto Ipsos. Os dados indicam um aumento na percepção negativa em relação ao rumo do país, com 60% dos entrevistados expressando essa opinião ao final de 2024, um crescimento em relação ao ano anterior. A pesquisa, que faz parte do levantamento global "What Worries the World" do Ipsos, aponta que a preocupação com a economia, especialmente com a inflação, tem contribuído significativamente para essa visão pessimista.
A insatisfação com a direção do Brasil é refletida em diversas áreas, incluindo a economia, onde 65% dos brasileiros avaliam a situação como "ruim". Embora haja um segmento da população que ainda veja uma luz no fim do túnel, com 40% dos entrevistados acreditando que o Brasil melhorará em 2025, a maioria expressa descontentamento com o presente. A pesquisa também revela um aumento na preocupação com a violência e a corrupção, fatores que têm sido centrais na percepção pública sobre a governança e a segurança no país.
No contexto político, a pesquisa Ipsos mostra que a avaliação negativa do governo atual se reflete na opinião pública. A sensação de que o Brasil está "na direção errada" pode ser atribuída, em parte, a políticas econômicas que não têm conseguido conter a inflação ou melhorar o poder de compra dos cidadãos. Além disso, a expectativa de que a inflação continuará a aumentar em 2025, com 67% dos brasileiros compartilhando essa preocupação, reforça o sentimento de pessimismo.
Os dados da pesquisa também indicam uma desilusão com a capacidade do governo de resolver problemas crônicos, como o desemprego e a desigualdade social. Mesmo com algumas medidas sendo tomadas para tentar mitigar esses problemas, o sentimento geral é de que não há avanço significativo. A percepção de que a vida pessoal e familiar também não melhorou ou até piorou em 2024 contribui para a visão pessimista sobre o futuro do país.
A pesquisa Ipsos, corroborada por outras fontes como o Datafolha, mostra que, apesar de um otimismo residual entre parte da população, a maioria dos brasileiros está descontente com a atual trajetória do país. Este sentimento de direção errada pode influenciar decisões políticas futuras, eleições e a forma como os cidadãos engajam com as instituições governamentais, buscando mudanças ou soluções para os desafios enfrentados pelo Brasil.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...