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Na contramão, Natura divulga carta e se contrapõe a Trump

A Natura anunciou nesta terça-feira (21) que está reafirmando seus compromissos com práticas de sustentabilidade e direitos humanos. A empresa disse que revisitou suas metas e assumiu compromissos ainda mais ambiciosos a serem alcançados até 2030, de acordo com uma carta divulgada. O anúncio da Natura vem em um momento em que grandes empresas e bancos, principalmente dos Estados Unidos, estão desistindo desse tipo de prática. Grandes bancos norte-americanos, como Bank of America, Citigroup, Goldman Sachs e Wells Fargo, anunciaram no início de janeiro que estão deixando a aliança climática do mundo para bancos. Na semana passada, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deixou o grupo global de regulações sobre mudanças climáticas. Na segunda-feira (20), em seu primeiro dia de governo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto para retirar o país do Acordo de Paris sobre o clima. Para a Natura, mais do que metas, a conservação da natureza, a defesa dos direitos humanos e a valorização da diversidade são “pilares essenciais para a longevidade” do negócio da empresa. – Diante do recrudescimento da crise climática e das injustiças sociais, é urgente agirmos – conjuntamente e de forma consistente – diz a empresa. Os complexos desafios sociais e ambientais contemporâneos, afirma a Natura, não serão resolvidos apenas por governos ou organismos multilaterais. É preciso mobilização da sociedade civil e do setor empresarial, ressalta a carta, que chega poucos meses antes da COP30, a Conferência sobre mudanças climáticas que acontece em novembro, em Belém. *AE

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