A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, causou polêmica ao afirmar que o déficit de R$ 8,07 bilhões das empresas estatais federais não deve ser considerado um "rombo". Em uma declaração feita em 31 de janeiro de 2025, Dweck argumentou que o resultado negativo é apenas uma demonstração contábil e não deve ser visto como prejuízo, pois a maioria das empresas estatais teria lucro. Ela explicou que muitas despesas foram feitas com dinheiro já existente em caixa, o que gera um déficit contábil, mas não reflete necessariamente uma perda financeira.
Dweck enfatizou que o déficit apresentado pelo Banco Central considera apenas as receitas e despesas do ano, sem levar em conta os investimentos feitos com recursos que as empresas já possuíam. Ela afirmou que "não chamem de rombo", destacando que das 11 empresas com déficit, 9 teriam lucro em seus balanços financeiros. A ministra tentou tranquilizar dizendo que o Tesouro Nacional não arcaria com esse déficit, tratando-o como um resultado natural de empresas que estão utilizando recursos em caixa para investir, ao invés de um buraco financeiro.
No entanto, a explicação de Dweck foi recebida com ceticismo por alguns analistas econômicos e pela oposição política, que alegam que a justificativa é uma tentativa de mascarar a má gestão das estatais. Eles argumentam que, independentemente da contabilidade, um déficit de tal magnitude representa um sério problema financeiro para as empresas e, por extensão, para o governo. A crítica é de que a ministra estaria usando uma "desculpa sem pé nem cabeça" para desviar a atenção do real estado financeiro das estatais.
A situação financeira das estatais tem sido um ponto de discórdia, especialmente em um contexto onde o governo busca equilibrar suas contas públicas. A defesa de Dweck de que o déficit é uma questão contábil e não de prejuízo real tenta diferenciar entre a percepção de "rombo" e o que ela considera como uma situação de investimento. No entanto, a interpretação dessa declaração varia amplamente, com muitos vendo-a como uma tentativa de minimizar a gravidade da situação fiscal das empresas estatais.
A polêmica em torno da declaração de Dweck reflete a complexidade e a sensibilidade dos dados financeiros públicos, especialmente quando se trata de empresas estatais que desempenham um papel crucial na economia brasileira. A discussão sobre o déficit das estatais continua, com pedidos por maior transparência e clareza nas explicações governamentais sobre a saúde financeira dessas entidades.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...