A decisão do ministro Alexandre de Moraes de negar a devolução do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro, impedindo sua viagem para a posse de Donald Trump nos Estados Unidos, atraiu a atenção de veículos de imprensa globais. A cerimônia está marcada para segunda-feira (20.jan.2025), e o caso ganhou destaque em meios de comunicação como The New York Times, The Washington Post, The Guardian, El País e a emissora Al Jazeera.
O New York Times ressaltou os processos que Bolsonaro enfrenta na Justiça brasileira e sua admiração pelos Estados Unidos e por Donald Trump. Na manchete, o jornal descreveu:
“O ex-presidente brasileiro, pressionado por investigações criminais, olha para os EUA para mudar a política de sua nação — e talvez mantê-lo um homem livre.”
Já o The Washington Post enfatizou os embates entre Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes. O texto citou um trecho da decisão judicial:
“O juiz Alexandre de Moraes, que Bolsonaro chama frequentemente de seu inimigo pessoal, disse na decisão que o político de extrema-direita atualmente não ocupa nenhuma posição que lhe permitiria representar o Brasil no evento […]”. O veículo também destacou uma publicação de Bolsonaro no X, feita na quinta-feira (16.jan), em que ele acusou o sistema judiciário brasileiro de perseguição política e comparou sua situação à de Trump:
“Ele disse que Trump ‘superou o ativismo judicial. Eu também o superarei.'”
A emissora Al Jazeera chamou a atenção para o confisco do passaporte de Bolsonaro como parte de investigações em curso e relembrou o apelido dado ao ex-presidente, “Trump dos Trópicos”.
A publicação destacou que Bolsonaro nega todas as acusações contra ele, mas que a polícia brasileira o considera um “risco de fuga”. No Reino Unido, o The Guardian relembrou que o passaporte de Bolsonaro foi apreendido em fevereiro de 2024, em meio a acusações de conspiração para desestabilizar a democracia brasileira. O jornal afirmou:
“O documento de viagem de Bolsonaro foi apreendido pela polícia federal em fevereiro de 2024, enquanto os investigadores aprofundavam suas investigações sobre o que eles chamam de conspiração para desmantelar a democracia de 40 anos do Brasil”.
Por sua vez, o espanhol El País mencionou a ida de Michelle Bolsonaro a Washington como representante do ex-presidente. Informações Jornal da cidade
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...