Marcos Pontes, senador pelo Partido Liberal (PL-SP), reafirmou sua candidatura à presidência do Senado Federal, mesmo diante das críticas do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ausência de apoio oficial do PL.
Desde outubro de 2024, o PL havia declarado apoio ao nome de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para o comando da Casa Legislativa. Essa decisão foi defendida por Jair Bolsonaro como uma estratégia para garantir proeminência na Mesa Diretora do Senado.
Em entrevista ao canal AuriVerde, Bolsonaro lamentou a candidatura de Pontes, apontando a probabilidade de a disputa prejudicar as articulações do partido.
“Marcos Pontes, que está disputando a presidência, boa sorte a você. Mas eu lamento você estar nessa situação, porque você sabe que não tem como ganhar. O voto é secreto. Se nós embarcarmos na sua candidatura, nós vamos ficar sem comissões”, afirmou o ex-presidente.
Pontes, no entanto, manteve sua postura firme. Ele declarou que sua candidatura não foi movida por interesses pessoais ou para prejudicar acordos partidários, mas sim por um desejo de fortalecer a independência do Senado.
“Minha decisão não é pautada para prejudicar alguém, pelo contrário, é para buscar um cenário forte, um Senado independente”, declarou.
O senador também negou que sua candidatura enfraqueça o acordo do PL com Davi Alcolumbre:
“Essa candidatura não prejudica o acordo do partido com o Davi Alcolumbre. Se ele vencer, a estratégia do partido será mantida. Se eu vencer, vamos garantir as demandas da população.”
Bolsonaro, por sua vez, reiterou a importância de alianças políticas no atual momento, reforçando que candidaturas consideradas sem chances reais de vitória poderiam enfraquecer a oposição.
“A única forma de nós sermos algo dentro do Senado e não sermos zumbis como somos hoje é tendo um candidato. Se não conseguimos ganhar com o Rogério Marinho, que é um baita articulador, não vai ser com você agora”, declarou.
Apesar das tensões, Pontes demonstrou otimismo ao tratar das críticas:
“A arrogância pode fechar portas, mas a humildade sempre abrirá as janelas da sabedoria para novos horizontes. Pense, viva e aprenda! Grande abraço espacial.”
A eleição para a presidência do Senado está marcada para 1º de fevereiro.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...