O empresário Pablo Marçal (PRTB) admitiu que o vídeo divulgado por ele ao lado de Donald Trump foi gravado anteriormente à posse do presidente dos Estados Unidos, realizada na última segunda-feira (20). Ao jornal O Globo, Marçal confirmou que a cena foi capturada no dia 4 de janeiro, durante uma estadia de dois dias no resort Mar-a-Lago, propriedade de Trump na Flórida.
– Sim, foi em Mar-a-Lago. Eu segurei o vídeo [até a posse] para valorizar. Eu sou um investidor – disse Marçal ao jornal, por telefone, dos Estados Unidos. O local, com 5,8 mil metros quadrados, teria servido de palco para três encontros do ex-candidato a prefeito com o republicano. A gravação publicada nesta semana mostrava Marçal pedindo ao então presidente eleito dos EUA para “salvar o Brasil”. A estratégia de divulgação do vídeo foi deliberada, conforme explicou o empresário.
– Deixei para soltar os vídeos depois da posse, porque os bolsonaristas ficam malucos. Eles querem me pôr como inimigo da direita – afirmou.
Na ocasião da postagem, a assessoria de imprensa de Marçal não informou quando e onde o rápido encontro ocorreu. Segundo a equipe do empresário, o ex-candidato a prefeito da capital paulista pretendia encontrar Trump para “discutir iniciativas voltadas ao empreendedorismo, valores cristãos e o fortalecimento das economias de ambas as nações”.
Segundo Marçal, sua passagem pelo resort incluiu momentos com Trump em eventos pagos, onde o americano fazia presença VIP entre os hóspedes. Marçal mencionou ainda ter participado do lançamento de um filme do advogado John Eastman, figura conhecida pela tentativa de reverter o resultado das eleições americanas de 2020.
– Eu vou soltar novos vídeos. Eu tenho vídeo do Trump falando que sou um cara de sorte – afirmou, prometendo revelar gradualmente os registros em suas redes sociais.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...