O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou integralmente, no dia 13 de janeiro de 2025, um projeto de lei que reconheceria o diabetes mellitus tipo 1 como deficiência para todos os efeitos legais. O projeto de lei, aprovado pelo Congresso Nacional, tinha como objetivo garantir aos portadores dessa doença os mesmos direitos e benefícios destinados a pessoas com deficiência, como acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), aposentadoria antecipada e isenções fiscais.
O veto presidencial foi justificado com base na inconstitucionalidade da proposta. De acordo com a mensagem de veto publicada no Diário Oficial da União, a proposta contrastava com a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que no Brasil tem status de emenda constitucional. A convenção define deficiência como resultado da interação entre a pessoa e barreiras sociais, e não como uma condição médica específica. Além disso, o governo argumentou que a medida implicaria em aumento de despesas sem a indicação de fontes de custeio ou medidas compensatórias, violando a legislação fiscal.
A decisão de Lula foi criticada por alguns grupos de apoio a pessoas com diabetes tipo 1, que argumentam que essa doença autoimune crônica impõe limitações significativas na vida dos pacientes, justificando o reconhecimento como deficiência. Eles temem que, sem esse reconhecimento, os portadores de diabetes tipo 1 continuem enfrentando barreiras no acesso a tratamentos, empregos, educação e outros direitos básicos.
Parlamentares que apoiaram o projeto já indicaram que irão trabalhar pela derrubada do veto no Congresso Nacional.
Para isso, seria necessário que 257 deputados e 41 senadores votassem contra o veto em uma sessão conjunta. A discussão sobre esse tema continua, com entidades e representantes de pacientes com diabetes tipo 1 pressionando por uma reconsideração da questão, argumentando tanto sobre a saúde pública quanto sobre os direitos sociais.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...