A historiadora da arte e cantora trans Tertuliana Lustosa moveu uma ação judicial contra o deputado federal Nikolas Ferreira em decorrência da divulgação de um vídeo de sua performance erótica realizada na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Segundo o jornal O Glob, a artista busca a retirada das imagens das redes sociais e uma indenização no valor de R$ 60 mil. A audiência está agendada para março.
O caso ocorreu durante o seminário “Dissidências de gênero e sexualidades”, realizado pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (Gaep). No vídeo, Tertuliana aparece cantando e dançando sua música “Educando com o C*”, enquanto exibia os glúteos para a plateia, recebendo aplausos ao final. Nikolas Ferreira, ao compartilhar as imagens, utilizou pronomes masculinos para se referir à cantora e alegou que o evento era um exemplo de desvirtuamento do ambiente educacional para fins de ativismo político. Ele afirmou ainda que o Ministério Público estaria averiguando o caso.
A defesa de Tertuliana alega que a divulgação do vídeo e o uso inadequado de pronomes tenha ferido os direitos da artista, resultando em ofensas e ameaças. O advogado Ives Bittencourt, representante legal da cantora, busca a remoção do conteúdo e uma retratação do deputado. Em declarações, Tertuliana Lustosa descreveu Nikolas Ferreira como um “fascista” que estaria usando sua imagem para fins de audiência. A equipe do parlamentar não comentou o assunto.
Natural do Piauí e radicada em Salvador, Tertuliana é conhecida por seu trabalho como historiadora, sendo autora do livro “Manifesto Traveco-Terrorista” e articulista, defendendo o prazer e a corporeidade como formas de expressão artística e pedagógica.Informações Gazeta Brasil
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...