A mineradora saudita Ma'aden negou que investirá R$ 8 bilhões no Brasil, contrariando um anúncio feito pelo ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira. A declaração inicial de Silveira foi feita durante o Future Minerals Forum, em janeiro de 2025, onde ele afirmou que a Ma'aden abriria um escritório em São Paulo e que esse investimento estaria vinculado a mapeamento geológico, pesquisa e aproveitamento mineral no Brasil. No entanto, a Ma'aden esclareceu que não há planos para tal investimento e que seu foco ao abrir um escritório em São Paulo seria apenas para negociações de venda de fosfato, um mineral usado na produção de fertilizantes.
Posteriormente, o Ministério de Minas e Energia tentou esclarecer a situação, afirmando que Silveira havia mencionado a intenção de investimentos da Arábia Saudita no Brasil, mas não especificamente da Ma'aden. A pasta não forneceu detalhes sobre como ou quando esses recursos seriam alocados, gerando confusão sobre a veracidade e o escopo dos investimentos anunciados. A Ma'aden, uma das maiores empresas de mineração do mundo com base na Arábia Saudita, tem focado na diversificação de suas operações além do petróleo, mas suas declarações indicam que qualquer investimento no Brasil seria de menor escala e com objetivos comerciais específicos, não envolvendo o mapeamento geológico em larga escala como sugerido pelo ministro.
A situação levantou questões sobre a comunicação entre governos e empresas em grandes anúncios de investimento e a necessidade de verificação de informações antes de serem divulgadas.
Este desencontro de informações sublinha a importância da transparência e da clareza nas relações entre empresas internacionais e governos, especialmente quando se trata de investimentos de grande porte. A repercussão negativa da declaração de Silveira pode afetar a credibilidade de futuros anúncios semelhantes e reforça a necessidade de uma comunicação mais rigorosa e verificada entre o governo brasileiro e investidores estrangeiros.
A Ma'aden, que já investe em diversos tipos de matérias-primas e está expandindo sua atuação global, continua a ser um potencial parceiro para o Brasil, mas com um foco diferente do que foi inicialmente anunciado. A abertura de um escritório em São Paulo ainda é uma possibilidade, porém, com um propósito mais restrito do que o anunciado, centrado na venda de produtos específicos como o fosfato.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...