Dois juízes do Supremo Tribunal do Irã foram mortos por um assassino desconhecido em Teerã neste sábado, informou a agência de notícias IRNA, citando o centro de mídia do judiciário. O autor do crime teria cometido suicídio no local após uma tentativa de prisão.
As vítimas foram identificadas como Hojjat al-Islam Razini e Hojjat al-Islam wal-Muslimeen Moqisseh, que presidiam diferentes ramos do tribunal. Os dois juízes estavam fortemente envolvidos no combate a crimes contra a segurança nacional, segundo comunicado do judiciário, que os descreveu como “corajosos e experientes”.
O centro de mídia do judiciário afirmou que o ataque foi um “ato planejado”, acrescentando que indícios iniciais apontam que o assassino “não tinha nenhum caso no Supremo Tribunal nem era cliente dos ramos do tribunal”. “Imediatamente após o ato terrorista, foi feita uma tentativa de prender o atirador, que rapidamente cometeu suicídio”, disseram as autoridades, observando que uma investigação está em andamento.
Embora as autoridades iranianas não tenham atribuído a culpa a nenhum ator, elas apontaram que “nos últimos anos, medidas extensivas foram tomadas pelo judiciário para identificar, prender e processar agentes e elementos afiliados ao infame regime sionista e aos agentes, espiões e grupos terroristas dos EUA”. Razini foi alvo de uma tentativa de assassinato em 1998, quando agressores em motocicletas prenderam uma bomba magnética em seu veículo, ferindo o juiz. Razini presidia o judiciário de Teerã na época.
Os dois juízes estariam envolvidos em uma suposta purga de dissidentes em 1988, no final da prolongada guerra Irã-Iraque. Na época, o principal alvo das autoridades iranianas era a chamada Organização Mujahedin do Povo do Irã (OMPI), que invadiu o país com uma força de 7.000 homens apoiada pelo Iraque.
A OMPI, que defende uma mistura ideológica de princípios islâmicos e marxismo revolucionário, está sediada na Albânia há décadas. Autoridades iranianas afirmam que os combatentes do grupo mataram mais de 12.000 civis desde a revolução islâmica de 1979. Informações Gazeta Brasil
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...