O general Tomás Paiva, atual comandante do Exército, até hoje não se dignou a visitar o general Braga Netto. Isso é no mínimo uma indelicadeza com um colega general quatro estrelas. Aliás, é muito pior. É covardia. Uma vergonha para o Exército brasileiro.
Todavia, informações dão conta que Tomás Paiva está criando coragem para realizar essa visita. A data ainda vai ser marcada e faz parte de uma agenda regular que o comandante tem com os detentos militares, para verificar instalações, as condições de saúde e acesso a advogados.
Por ser general de quatro estrelas, Braga Netto não está em uma cela propriamente dita, mas um cômodo com armário, geladeira, ar-condicionado, televisão e banheiro exclusivo.
Essa prisão absurda possivelmente ainda terá consequências imprevisíveis.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...