Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, fez declarações recentes que chamam a atenção ao afirmar que o verdadeiro "objetivo" do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes seria perseguir e enfraquecer a direita política no país. Essas declarações foram feitas em meio a uma série de embates legais e políticos entre Bolsonaro e Moraes, que se intensificaram após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022 e as investigações subsequentes sobre tentativas de golpe e disseminação de notícias falsas.
Bolsonaro acusou Moraes de usar seu poder judicial para interferir politicamente, especificamente visando figuras e movimentos de direita. Ele mencionou que as ações de Moraes, como a condução de inquéritos contra ele e seus aliados, teriam o objetivo de "eliminar a direita do Brasil". Essa acusação se insere no contexto de várias operações da Polícia Federal autorizadas por Moraes, incluindo a Operação Tempus Veritatis, que investigou tentativas de golpe de Estado supostamente articuladas por Bolsonaro e seus apoiadores.
Em suas críticas, Bolsonaro também se referiu à decisão de Moraes de impedir sua viagem aos Estados Unidos para a posse de Donald Trump, alegando que isso seria uma restrição indevida de seus direitos, mesmo sem uma condenação formal. Ele afirmou que Moraes detém um poder descomunal, capaz de decidir sobre a vida de milhões de brasileiros sem necessariamente seguir os procedimentos legais ou respeitar a imparcialidade esperada de um juiz.
"Essa pessoa decide a vida de milhões de pessoas no Brasil. Ele e mais ninguém. Ele é o dono do processo. Ele é o dono de tudo. Quando quer ignora o Ministério Público, faz o que bem entende.
O objetivo é eliminar a direita do Brasil”, declarou o ex-presidente.
O ex-presidente disse mais:
“Sou investigado desde 2019, naquele fatídico inquérito das fake news, que está completando seis anos. Há dois anos aconteceu o 8 de janeiro e até hoje não sabem quem liderou a tentativa de golpe, segundo eles. Que golpe foi esse?”, questionou.
“Não pode uma pessoa no Supremo Tribunal Federal, se colocando como o dono da verdade, decidir o que faz com a vida de quem quer que seja”.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...