O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro irá à posse de Donald Trump, nos Estados Unidos (EUA). A declaração ocorreu durante live para um programa da revista Oeste no início da tarde desta quinta-feira (16/1). O ex-presidente foi convidado para o evento, mas está com o passaporte retido pela Justiça e teve pedido de devolução negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“No sábado de manhã, aqui no Aeroporto de Brasília, tem um vooo para os Estados Unidos e minha esposa irá para lá. Ela estava convidada, juntamente comigo”, afirmou Bolsonaro em entrevista ao programa Faroeste à Brasileira.
Mais cedo nesta quinta, o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido de Bolsonaro para ir na posse de Donald Trump, nos Estados Unidos. O evento está marcado para a próxima segunda-feira (20/1). Na entrevista, Bolsonaro deu a entender que ainda vai recorrer da decisão monocrática de Moraes, mas não entrou em detalhes.
“Ele [Trump] tem um carinho para comigo. Ele gostaria de apertar a minha mão também, senão não teria me convidado. Parece que foram cinco chefes de Estados convidados, e eu não sou chefe de Estado. Não estou indo para festa de batizado da filha ou da neta de ninguém, é um evento de posse da maior democracia do mundo”, afirmou durante a entrevista.
Bolsonaro ainda afirmou que os advogados irão recorrer da negativa de Moraes. “O que nós queremos é que o Supremo… se porventura esse recurso for julgado, que seria por uma Turma, que seja julgado com a devida isenção”, destacou.
Na decisão, Moraes negou o pedido da defesa do ex-presidente pela devolução, mesmo que temporária, do passaporte. O documento foi apreendido em março do ano passado pela Polícia Federal (PF), após determinação de Alexandre de Moraes.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...