Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, revelou ter enviado à assessoria de Donald Trump o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) que recomenda ao Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição do seu pedido para viajar aos Estados Unidos para a posse de Trump. A revelação de Bolsonaro foi feita em um contexto onde ele busca demonstrar transparência ou, possivelmente, angariar apoio ou simpatia de figuras internacionais como Trump, com quem manteve uma relação próxima durante seus mandatos.
Bolsonaro teve seu passaporte apreendido em fevereiro de 2024, no âmbito de investigações sobre uma suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. Ele solicitou a liberação do passaporte para poder participar da cerimônia de posse de Trump, marcada para 20 de janeiro de 2025, em Washington. No entanto, a PGR manifestou-se contra a liberação do documento, argumentando que não há "necessidade básica, urgente e indeclinável" que justifique a viagem, especialmente considerando o interesse público que motivou a retenção do passaporte.
A decisão final sobre a autorização da viagem cabe ao ministro Alexandre de Moraes do STF, que enviou o pedido de Bolsonaro à PGR para análise. A revelação de Bolsonaro sobre ter enviado o parecer à assessoria de Trump pode ser vista como uma tentativa de internacionalizar a questão ou de buscar influência externa para pressionar a decisão do STF. No entanto, esta ação também pode ser interpretada como uma estratégia para manter sua base política mobilizada, mostrando que ele continua ativo na política internacional mesmo sob investigação no Brasil.
O caso coloca em evidência as complexidades entre as relações internacionais, a justiça brasileira e o ativismo político no cenário pós-presidencial de Bolsonaro.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...