Trump estabelece prazo para Hamas libertar reféns e promete “inferno” aos terroristas, caso não ocorra
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que considera o dia de sua posse, 20 de janeiro de 2025, como um prazo crítico para garantir a libertação de reféns sequestrados pelo Hamas em Gaza. Ele destacou a necessidade de uma abordagem firme, indicando que sua administração tratará do tema como uma prioridade de política externa. Essa postura reforça o papel dos EUA em negociações envolvendo Israel e o grupo Hamas, enquanto as famílias dos reféns pressionam por uma solução antes que o inverno agrave a situação humanitária.
A questão dos reféns tem sido uma preocupação internacional desde os ataques de 7 de outubro de 2023, com centenas de pessoas sequestradas, incluindo cidadãos americanos. Apesar de algumas libertações terem ocorrido, aproximadamente 100 reféns permanecem em cativeiro. Líderes de diferentes espectros políticos, incluindo Trump e o atual presidente Joe Biden, enfrentam pressão para trabalharem juntos em uma solução, mas diferenças partidárias complicam a cooperação.
A relação de Trump com Israel também é um fator importante, já que sua popularidade entre a base política israelense pode ajudar em negociações diretas com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
No entanto, analistas apontam que Trump terá de lidar com as complexidades do governo israelense e com atores regionais como o Irã, que tem influência sobre o Hamas. Sua postura imprevisível é vista por alguns como um potencial fator de dissuasão para escaladas futuras.
Além da libertação dos reféns, Trump enfatizou que buscará um equilíbrio entre segurança regional e os interesses americanos. Observadores sugerem que ele poderá usar sua influência para pressionar o governo israelense a encerrar o conflito atual, o que pode ser uma estratégia para fortalecer alianças internacionais e recuperar a posição dos EUA no cenário global.
O contexto geopolítico continua desafiador, com o inverno trazendo urgência às ações humanitárias. Famílias de reféns têm apelado por uma coalizão bipartidária nos EUA para lidar com a crise, mas não está claro se Trump e Biden conseguirão alinhar estratégias até a posse em janeiro.
A resposta de Trump a essa crise será um teste importante para sua liderança antes de reassumir o cargo. Suas ações e políticas nesse período de transição poderão definir o tom de sua administração e sua capacidade de gerir crises internacionais complexas.