O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), convidou o economista Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, para integrar seu governo municipal. A proposta foi feita em um contexto onde Campos Neto deixará o Banco Central em janeiro de 2025, após o término de seu mandato, e busca novos caminhos profissionais. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também demonstrou interesse em contar com Campos Neto em sua administração.
Campos Neto, no entanto, respondeu que tirará dois meses de férias antes de decidir seu futuro, sugerindo que não tem pressa para definir seu próximo passo.
Se Campos Neto decidir integrar a gestão de Ricardo Nunes, ele poderia ocupar um papel estratégico, possivelmente como secretário de Finanças ou em uma posição que lidere projetos econômicos para a cidade. A presença de Campos Neto é vista como um trunfo pela equipe de Nunes, que busca reforçar a administração com nomes de peso e experiência em gestão econômica. A notícia foi recebida com interesse pela comunidade empresarial e pelos cidadãos de São Paulo, dado o prestígio de Campos Neto no cenário econômico brasileiro.
A possível entrada de Campos Neto na prefeitura de São Paulo é também vista como um movimento político, especialmente em vista das eleições de 2026. Se ele optar por trabalhar com Tarcísio de Freitas, poderia ser posicionado como Ministro da Fazenda em um eventual governo do atual governador, que é cotado para concorrer à Presidência da República. Esta decisão coloca Campos Neto em uma posição chave para influenciar a política econômica do país, dependendo de qual caminho ele escolher seguir após seu período de descanso.
A articulação política e econômica em torno de Campos Neto revela a importância do seu papel para os próximos anos no Brasil. Com sua experiência, ele é visto como um "coringão" para a construção de uma candidatura de centro-direita para as eleições presidenciais. Marqueteiros e analistas políticos consideram que, apesar de não ser amplamente conhecido pelo eleitorado, Campos Neto possui o potencial para se tornar uma figura central nas próximas eleições, trazendo propostas sólidas em um cenário onde o eleitorado busca mais pragmatismo do que ideologia.
No entanto, Campos Neto tem se mantido cauteloso sobre suas pretensões políticas, afirmando em palestras que não tem intenções eleitorais e que está focado em seu livro sobre sua passagem pelo Banco Central. Ele já foi associado a várias possibilidades profissionais, como abrir fintechs ou trabalhar na indústria, mas sempre reforçou que sua prioridade imediata é descansar após anos no comando do Banco Central.
