STF joga com 'dois pesos e duas medidas', diz Cleitinho, e dá exemplo revoltante

O senador Cleitinho levantou pontos importantes ao criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) por uma suposta falta de uniformidade nas suas decisões, apontando que certos processos são tratados de forma desigual dependendo do contexto político e dos envolvidos. Ao mencionar o perdão concedido por Bolsonaro a Daniel Silveira — que foi rapidamente revogado pelo STF —, Cleitinho sugeriu que a Corte aplica “dois pesos e duas medidas”, interpretando que decisões como essa são tomadas de forma a desfavorecer figuras ligadas ao ex-presidente. Outro ponto destacado foi a anulação das condenações de José Dirceu, ex-ministro e figura influente do PT, que teve seus direitos políticos restituídos pelo STF mesmo com condenações graves no histórico da Lava Jato, como corrupção e lavagem de dinheiro. Para Cleitinho, a decisão de anular as penas de Dirceu contrasta de forma clara com a punição imposta aos manifestantes de 8 de janeiro, muitos dos quais seguem presos ou tiveram condenações severas.

O senador também ironizou o vínculo de Lula com José Dirceu, questionando por que figuras com condenações relacionadas à corrupção estão soltas e, muitas vezes, beneficiadas com decisões que lhes permitem até mesmo disputar cargos públicos. Ele ressaltou que esses julgamentos contrastam com o tratamento aos “patriotas”, como ele os denominou, que participaram das manifestações de janeiro e foram rapidamente caracterizados como criminosos.

A fala de Cleitinho reflete um sentimento de insatisfação com o que ele vê como parcialidade do STF, além de um descontentamento com o que considera ser uma tendência da Corte em se alinhar aos interesses da esquerda. A crítica expõe uma preocupação em torno da transparência e da uniformidade nas decisões judiciais, especialmente quando estas têm forte impacto político e social.