Nesta quinta-feira (21), o tenente-coronel Mauro Cid ficará frente a frente com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os militares terão que explicar supostas contradições entre os depoimentos que abasteceram sua delação premiada. Para esse tipo de ocasião, o ministro relator costuma nomear um juiz auxiliar para tomar o depoimento.
No entanto, nesta quinta, será o próprio Moraes que conduzirá a oitiva de Mauro Cid. É a segunda vez que Mauro Cid presta depoimento nesta semana. Na terça-feira, o tenente-coronel esteve na sede da Polícia Federal, em Brasília, mas não disse o que a Polícia Federal pretendia ouvir. Desta vez, entretanto, se Moraes considerou que Cid mentiu ou omitiu informações nos depoimentos que prestou no âmbito da colaboração premiada firmada com a PF, certamente a delação será revogada e Cid novamente será preso. Um ministro do STF fazer a oitiva de um acusado é algo absolutamente incomum. Porém, nesse caso, além de incomum, é totalmente ilegal. Moraes é a suposta vítima, portanto está impedido de julgar o caso, de acordo com a letra da lei.
A condução da oitiva pelo próprio ministro Alexandre de Moraes no caso de Mauro Cid evidencia uma situação extremamente delicada e questionável. Em geral, a designação de juízes auxiliares busca preservar a imparcialidade e garantir que o processo transcorra de forma isenta. No entanto, o fato de Moraes, que é diretamente citado no contexto das acusações, presidir o depoimento viola princípios básicos da imparcialidade judicial.
Esse cenário reforça a percepção de que o caso tem sido conduzido mais com viés político do que com base estritamente jurídica. O papel de Moraes como relator do caso deveria ser limitado a decisões técnicas, não a participar ativamente da colheita de depoimentos, principalmente quando há dúvidas sobre sua posição como parte interessada. A revogação da delação e a ameaça de prisão reforçam ainda mais o clima de intimidação.
O Brasil vive um momento preocupante, onde o equilíbrio entre os poderes parece desestabilizado. O STF, que deveria atuar como guardião da Constituição, frequentemente se coloca no centro de polêmicas políticas, comprometendo sua credibilidade perante a sociedade. Essa postura abre espaço para questionamentos legítimos sobre a lisura do processo e os interesses em jogo.
A presença de Moraes nesse depoimento também traz à tona um grave precedente. Se ministros do STF podem agir como vítimas, acusadores e juízes simultaneamente, onde fica o direito à defesa e o devido processo legal? Tal postura compromete não apenas o caso específico, mas também a confiança do cidadão nas instituições que deveriam proteger os direitos fundamentais.
É indispensável que as decisões judiciais sejam vistas como imparciais, alicerçadas na lei e não em interesses pessoais ou políticos. O Brasil não pode permitir que o sistema judiciário seja utilizado como ferramenta de perseguição. O povo deve exigir respeito às regras do jogo democrático, para que a justiça continue a ser um pilar do Estado de Direito.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado...