PT se aproveita do momento conturbado e age de forma covarde nos bastidores da Câmara

O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou um requerimento ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, solicitando o arquivamento do Projeto de Lei (PL) nº 2.858, que prevê anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O pedido foi formalizado pela presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), e pelo líder do partido na Câmara, Odair Cunha (PT-MG). Segundo a nota divulgada pelo partido, a tramitação do projeto é considerada “inoportuna” e “inconveniente” para a democracia brasileira. O comunicado menciona os recentes acontecimentos, como o atentado a bomba na sede do STF, em Brasília, e as conclusões da Polícia Federal sobre os planos de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. “A gravidade desses eventos revela a trama criminosa de chefes do golpe, que poderiam ser beneficiados pela anistia proposta”, argumenta o texto. Para o PT, a possibilidade de anistia poderia servir de estímulo a ações extremistas, reforçando comportamentos de grupos de direita. A legenda destacou que é necessário evitar qualquer sinal de impunidade que possa ameaçar a estabilidade democrática no país. A movimentação do PT ocorre em meio a um cenário de forte polarização política, onde o caso está sendo utilizado como argumento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A rejeição ao PL também parece buscar fortalecer a posição de Alexandre de Moraes, afastando a possibilidade de avanço de discussões sobre um possível impeachment do ministro, pauta que vinha ganhando apoio no Congresso Nacional. Como era esperado, o episódio reforça o uso de narrativas que miram Bolsonaro e seus aliados, evidenciando mais uma tentativa de consolidar o controle das instituições sob a bandeira da proteção à democracia.