Gleisi Hoffmann mais uma vez demonstrou sua incapacidade de manter um discurso coerente e fundamentado. Ao chamar Jair Bolsonaro de "covarde" e sugerir que sua saída do país representava uma estratégia de fuga para observar um suposto golpe, Gleisi ignora fatos básicos: Bolsonaro deixou o Brasil de forma oficial, após concluir seu mandato, entregando o poder ao seu sucessor, o que desmonta qualquer narrativa de golpe. Afinal, que "golpista" entrega o poder pacificamente e viaja para fora do país?
A presidente do PT, na ânsia de atacar adversários, demonstra pouco apreço pela lógica. A acusação de que Bolsonaro teria fugido soa completamente despropositada, considerando que ele retornou ao Brasil mesmo em meio à clara perseguição política e ao ambiente jurídico hostil, algo que, curiosamente, muitos líderes petistas optaram por não fazer em seus momentos de crise. O discurso de Gleisi sobre pacificação também é vazio de sentido. Punir supostos envolvidos em uma tentativa de golpe com base em investigações duvidosas, muitas vezes sustentadas por conjecturas e com evidente viés político, não pacifica o país.“Não se concretizou o golpe porque Bolsonaro é um covarde, um medroso, não teve coragem de ir até o final. Na minha visão, ele resolveu ir embora para ver de fora a tentativa de golpe e o 8 de janeiro”, disse Gleisi.
Pelo contrário, perpetua a divisão, aprofunda o sentimento de injustiça e amplia a descrença nas instituições. Pacificação real só ocorre com o resgate da verdadeira justiça e do Estado de Direito. O Brasil viveu momentos de tranquilidade justamente quando figuras-chave do PT, como Lula, enfrentaram a lei e cumpriram pena por casos amplamente comprovados de corrupção. A Operação Lava Jato trouxe esperança de renovação ética ao país, algo que foi progressivamente desmontado após a soltura de Lula e outros envolvidos em escândalos como o petrolão e o mensalão.
Ao insistir em narrativas infundadas e em atacar adversários de maneira leviana, Gleisi apenas contribui para acirrar os ânimos e desviar a atenção de questões mais urgentes, como os desmandos de sua própria gestão e os prejuízos que o atual governo tem causado ao país. Enquanto o foco estiver em atacar a oposição em vez de governar, o Brasil continuará mergulhado em incertezas e conflitos.
