O movimento "Vida além do trabalho", iniciado por Ricardo Azevedo, levanta uma questão pertinente sobre a escala de trabalho 6x1 e seu impacto na saúde e bem-estar dos trabalhadores brasileiros. Azevedo, agora vereador pelo PSOL no Rio de Janeiro, questiona o efeito exaustivo de seis dias consecutivos de trabalho por apenas um de folga. Esse formato, segundo o movimento, contribui significativamente para o desgaste físico e mental dos profissionais, algo que merece discussão.
Diante dessa iniciativa, a deputada Erika Hilton propôs uma PEC para alterar a escala de trabalho para quatro dias de expediente e três dias de descanso, com um limite semanal de 36 horas. No entanto, a proposta apresentou, logo de início, um problema básico: uma jornada de quatro dias, com até oito horas diárias, somaria 32 e não 36 horas semanais. Isso demonstra uma falta de precisão, algo preocupante para uma medida tão ampla. Outro ponto criticável é a ausência de qualquer estudo de viabilidade ou impacto financeiro e econômico. Em entrevista ao jornalista Gerson Camarotti, a própria deputada Hilton reconheceu não ter realizado esses estudos.
A pressa em apresentar a PEC sugere mais uma ação de cunho demagógico do que um projeto sólido, já que uma proposta de tamanha magnitude deveria vir acompanhada de análises profundas sobre seus efeitos no mercado de trabalho, na economia e nos direitos dos trabalhadores.
Adotar uma escala 4x3 pode parecer, num primeiro momento, um ganho significativo para a qualidade de vida do trabalhador. Mas, na prática, pode gerar mais problemas do que soluções, especialmente no atual cenário econômico. A flexibilização dos horários, se feita sem planejamento adequado, pode resultar em perdas de postos de trabalho, diminuição dos salários e aumento da carga sobre empregadores e pequenos negócios, que enfrentam dificuldades para manter sua operação diária.
A mudança para uma escala 4x3, sendo imposta sem diálogo amplo, reflete um problema frequente na política: o foco em pautas populistas sem considerar o impacto real. Medidas que alterem a rotina trabalhista precisam envolver todos os setores — trabalhadores, empresários, especialistas e a sociedade. Sem um debate público adequado, tal proposta tende a causar mais instabilidade, prejudicando a economia e o próprio trabalhador, que precisa de garantias e não de promessas vazias.
Dada a forma como essa PEC foi introduzida, a rotulagem de "PEC da demagogia" se justifica, pois ela expõe um discurso mais voltado para o marketing político do que para uma proposta responsável e realista. A discussão sobre a escala de trabalho 6x1 é válida, mas precisa ser conduzida com cautela e responsabilidade.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado...