Depois da "baleia", do 8/1 com "estilingues e batom", agora chegou o "golpe de 5ª série frustrado pela ausência de táxi"
O posicionamento do senador Marcio Bittar contra as acusações de tentativa de golpe de Estado contra Jair Bolsonaro reflete a tensão política crescente no Brasil. Bittar critica diretamente a narrativa de uma conspiração que teria sido supostamente articulada por Bolsonaro e seus aliados, argumentando que ela foi forjada pelos adversários políticos da esquerda com o objetivo de deslegitimar o ex-presidente e afastá-lo definitivamente da cena política.
Ele descredita as evidências e os relatos que surgiram após os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram os prédios dos Três Poderes em Brasília. Para Bittar, as acusações contra Bolsonaro são absurdas, comparando-as a narrativas de baixo calão e afirmando que a tentativa de golpe descrita pela acusação é ridiculamente fraca e sem base sólida.
A alegação de que um ministro do governo Bolsonaro teria sugerido a troca de um colega para evitar que fosse interpretado como parte de um golpe também é vista por Bittar como uma prova de que, de fato, não houve qualquer ação golpista organizada pelo ex-presidente.
Ele sugere que a narrativa do golpe é, na verdade, uma construção seletiva, aproveitada pelos opositores para manipular a opinião pública e prejudicar Bolsonaro. "O presidente Bolsonaro já foi acusado de importunar baleia e de tentativa de golpe com senhoras de Bíblia na mão, com estilingues e batom, que foram as armas encontradas no dia 8 de janeiro [de 2023], e, agora, do golpe de 5ª série, com homens de preto — cinco pessoas —, frustrado pela ausência de táxi.
E [a acusação] ainda inocenta o presidente Bolsonaro, na medida em que, dentre as gravações soltas, escolhidas para serem soltas, aparece uma em que um deles diz que sugeriram ao presidente trocar um ministro, e ele disse:
'Não, não farei isso, porque vão dizer que eu estou fazendo isso para dar um golpe'.
Quer dizer, a própria narrativa do golpe, dentro do golpe, é que se supunha, inclusive, tirar o próprio presidente Bolsonaro".
Bittar também aponta que essa construção narrativa, em grande parte impulsionada pela esquerda, visa principalmente enfraquecer Bolsonaro e afastá-lo das futuras eleições, tornando-o um "inimigo político" para sempre, independentemente da veracidade das acusações. Nesse contexto, a afirmação de Bittar de que o "sistema" está tentando criar qualquer pretexto para prender Bolsonaro reflete o entendimento de uma grande parte da base bolsonarista de que o ex-presidente está sendo alvo de uma perseguição política orquestrada para silenciá-lo e deslegitimar sua liderança.
Esse debate em torno da acusação de golpe traz à tona uma divisão profunda entre a esquerda e a direita no Brasil, com cada lado apresentando visões diametralmente opostas sobre os eventos de 2022 e 2023. Enquanto os opositores do ex-presidente veem as ações de Bolsonaro e seus aliados como uma ameaça à democracia, a ala bolsonarista continua a insistir na ideia de que a acusação é uma invenção destinada a destruir a imagem e a influência de Bolsonaro, principalmente com vistas a 2026.