Bolsonaro age nos bastidores para emparedar o STF e "carta na manga" para 2026 é revelada

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A movimentação de Jair Bolsonaro em torno do Senado revela uma estratégia cuidadosa e a longo prazo, focada na consolidação de uma base conservadora e alinhada com pautas importantes para a direita. Incentivar senadores aliados a priorizarem suas reeleições, em vez de candidaturas aos governos estaduais, é uma tática para garantir uma maioria robusta no Senado que, no futuro, possa ter o peso necessário para realizar uma agenda mais contundente em relação ao STF. Ao mirar uma bancada majoritária de 54 senadores em 2027, Bolsonaro e seus aliados estão preparando terreno para que um eventual pedido de impeachment de ministros do Supremo possa ter chance de avançar. Além disso, ao apoiar a candidatura de Davi Alcolumbre à presidência do Senado, Bolsonaro busca consolidar o PL como uma força significativa na Casa, ainda que o tema do impeachment de ministros do STF não esteja abertamente na pauta agora. Alcolumbre, que precisa de apoio de partidos governistas para sua candidatura, evita comprometer-se com agendas contra o STF.

No entanto, a possível presidência dele representa uma oportunidade para o PL se fortalecer e abrir espaço para uma gestão do Senado que possa, futuramente, estar mais alinhada a demandas conservadoras. Bolsonaro, ao orientar figuras como Marcos Rogério e Carlos Portinho a focarem em suas reeleições, não apenas fortalece o núcleo do PL no Senado, mas também se resguarda, pois senadores reeleitos têm mais força e experiência, o que é crucial para sustentar embates no Congresso. Por isso, essa "carta na manga" que Bolsonaro busca construir a médio prazo pode, sim, colocar pressão sobre o STF no futuro, caso a direita obtenha a maioria qualificada necessária.

Com o apoio de figuras-chave e o fortalecimento da direita no Senado, Bolsonaro quer preparar um caminho estratégico, que pode influenciar desde as pautas mais sensíveis até a eventual abertura de processos contra ministros, caso os embates entre o STF e o Legislativo persistam até lá.