Advogado no ‘Inquérito do Fim do Mundo’ solta o verbo sobre a 'nova’ configuração do STF (veja o vídeo)
O advogado Andre Marsiglia não teve medo de enfrentar o sistema. Ele atuou no caso envolvendo o ministro Dias Toffoli, do STF [‘o amigo do amigo do meu pai’], e a revista Crusóe – a investigação originou o famigerado Inquérito das Fake News. A história inclusive é contada no livro ‘Censura por Toda Parte’.
Em entrevista à TV JCO, Marsiglia revela os desafios que enfrentou e analisa o cenário político do país.
“O cenário político precisa ser lido em conjunto com o cenário jurídico. Houve um dar de mãos entre Executivo e Judiciário, o que traz um elemento a mais: o Legislativo fica em menor número, e isso não pode acontecer numa república, que precisa ter três poderes independentes e um fiscalizando o outro. É um cenário político desigual, desproporcional, e uma república desproporcional não é uma república”, disparou.
Uso político do caso das bombas
Marsiglia comenta ainda sobre o caso das bombas no STF e o uso político do fato para retomar a regulamentação das mídias e ‘enterrar’ o PL da Anistia. “Há uma exploração do cadáver do sujeito, isso é o pior de tudo”, lamentou.
O novo plano de golpe
O advogado falou também sobre o novo suposto plano de golpe, envolvendo Lula e o ministro Alexandre de Moraes.
“Incrível, todo dia descobrem um plano novo logo depois de o governo cometer uma gafe [caso de Janja xingando o empresário Elon Musk]”. Não posso dizer que é de propósito, mas não podemos ser ingênuos e não notar esse time...
Do ponto de vista jurídico, pelo que li, não houve nenhum ato executório. Planejar crime não é crime. Se fosse, teríamos que prender todos os escritores e roteiristas de séries!”, ressaltou.
Veja o vídeo: