Desesperado, Boulos vai dormir na casa de eleitores:

Guilherme Boulos, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, lançou a "caravana da vitória" como parte de sua estratégia para o segundo turno das eleições, marcado para o dia 27 de outubro. A ideia central da campanha é que Boulos dormirá na casa de eleitores, uma abordagem que busca humanizar sua imagem e estreitar laços com a população. Nesta segunda-feira (21), ele começará sua jornada na residência de dona Maria Roseli, uma professora da Brasilândia, na Zona Norte da cidade. Essa tática parece ser uma tentativa de contornar a alta rejeição de Boulos, que atinge 56%, conforme dados da pesquisa Datafolha. O candidato também divulgou uma "carta ao povo de São Paulo", onde faz uma autocrítica inspirada no discurso de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2002. Além disso, ele participará de uma sabatina e, no final do dia, encontrará evangélicos no Teatro Jaraguá, no Centro da capital.

O itinerário da caravana prossegue com Boulos dormindo em diversas regiões da cidade. Após a noite na casa de Maria Roseli, ele se dirigirá à Zona Sul, especificamente ao bairro do Grajaú, e depois à Zona Leste, onde ficará na casa de um apoiador em São Mateus. Por fim, na quinta-feira (25), Boulos vai se hospedar na Zona Oeste de São Paulo. As estadas serão transmitidas ao vivo nas redes sociais do candidato, criando um efeito de proximidade com o eleitorado. No entanto, essa iniciativa não passou despercebida pelos críticos de Boulos, especialmente devido ao seu histórico como líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Nas redes sociais, muitos internautas fizeram comentários sarcásticos sobre a ação, com piadas que relacionam sua antiga militância à possibilidade de "invasão" de residências. Comentários como "Putz… Coitados! Perderam a casa! Quando invasor entra não sai mais" refletem o tom crítico e irônico que permeia as reações ao seu plano. Assim, enquanto Boulos busca se conectar com a população e reverter sua imagem, a receptividade e a eficácia dessa estratégia em um cenário de alta rejeição permanecem incertas.

A luta pela Prefeitura de São Paulo se intensifica, e as próximas semanas serão cruciais para definir o futuro político do psolista e suas chances de vencer as eleições.