Chanceler argentina tem voto “absurdo” na ONU e é imediatamente demitida por Milei

A decisão de Javier Milei de demitir Diana Mondino do Ministério das Relações Exteriores sinaliza um alinhamento claro e firme com os Estados Unidos e uma postura rígida contra o regime cubano. Mondino, ao votar na ONU pela suspensão do embargo econômico contra Cuba, contrariou a visão de Milei, que considera fundamental manter uma linha dura com governos que ele vê como contrários aos valores de liberdade e democracia. No comunicado oficial, o governo Milei reiterou que a nova fase da Argentina, pautada pelos ideais liberais e pela defesa dos direitos individuais, exigirá que o corpo diplomático argentino reflita esses valores em cada decisão internacional. A substituição de Mondino por Gerardo Werthein, atual embaixador nos EUA e figura próxima a Washington, confirma o interesse de Milei em estreitar laços com a administração americana, destacando uma estratégia de alinhamento com democracias ocidentais e oposição a regimes autoritários, como o de Cuba.

Essa mudança representa um afastamento claro da Argentina de qualquer simpatia diplomática com governos socialistas e uma aproximação mais intensa com aliados que compartilham valores ocidentais, buscando fortalecer o papel do país como defensor das liberdades econômicas e individuais na América Latina. A substituição de Mondino por Werthein também reforça a importância que Milei dá a uma política externa que se distancie dos tradicionais alinhamentos regionais e adote uma posição mais pró-mercado e pró-Estados Unidos.

Essa reviravolta indica que Milei, além de mudanças internas, também busca projetar uma imagem de uma Argentina renovada e decidida a adotar uma política externa que se oponha ativamente a governos autoritários, rompendo com o tradicional apoio que a Argentina e outros países latino-americanos historicamente deram a Cuba em fóruns internacionais.