Ricardo Nunes demonstra total desespero pela perda de votos para Marçal.

O atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), minimizou as divergências com Jair Bolsonaro (PL) e justificou o aumento das intenções de voto em favor de Pablo Marçal (PRTB) entre os apoiadores do ex-presidente. Segundo Nunes, o crescimento de Marçal se deve às mentiras que o adversário estaria espalhando. Nunes expressou preocupação com o impacto dessas mentiras nas redes sociais e disse que nunca viu uma capacidade de mentir tão impressionante.

Em uma entrevista concedida ao programa Roda Viva na última segunda-feira (9), Nunes destacou sua participação no evento de 7 de Setembro, onde esteve ao lado de Bolsonaro e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele ressaltou que as ações de seu governo são semelhantes às da gestão de Bolsonaro, especialmente no que tange à promoção de valores como Deus, família e liberdade. Nunes reiterou que não tem críticas ao ex-presidente Bolsonaro no que diz respeito às suas ideias e valores.

Ele afirmou que, embora possa haver algumas divergências naturais, ele não se opõe às posições defendidas por Bolsonaro. Nunes enfatizou a importância da transparência e clareza em suas convicções e alinhamento de princípios com o ex-presidente. O candidato também fez críticas à aparição de Pablo Marçal na manifestação do último sábado (7), na Avenida Paulista. Segundo Nunes, Marçal chegou ao final do evento, quando já havia terminado, apenas para tirar fotos e fazer selfies, desrespeitando assim a liderança e o protagonismo de Bolsonaro na ocasião.

Quando questionado sobre um possível segundo turno, Nunes mencionou a questão da rejeição nas pesquisas eleitorais e destacou que seu índice de rejeição é um dos menores entre os candidatos. Ele argumentou que, mesmo estando à frente da Prefeitura, o que naturalmente atrai críticas e cobranças, sua rejeição permanece baixa, o que considera um ponto positivo para sua campanha. Nunes aparece em quarto lugar nas pesquisas, com 21% dos eleitores indicando que não votariam nele, de acordo com o instituto Datafolha. Ele acredita que a baixa rejeição é um trunfo importante, especialmente para alguém que está no comando da cidade e, portanto, é responsabilizado pelos problemas enfrentados. Ele reconhece que a cobrança é natural e parte do processo democrático.