O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), criticou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) por ter livrado o colega parlamentar do Conselho de Ética da Câmara André Janones (Avante), acusado de ter estruturado um esquema de rachadinha em seu gabinete durante o debate da TV Record deste sábado, 28.
“Você nunca fez nada, a não ser ir lá e liberar o Janones que fez rachadinha. Sua única ação como político foi ter feito as ocupações e as invasões”, disse o prefeito de São Paulo. Em 5 de junho deste ano, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara decidiu arquivar a acusação de rachadinha contra o deputado federal do Avante. O relator do caso era justamente Boulos. Ele votou pelo arquivamento da representação sob a alegação de que o aliado foi gravado sugerindo o esquema a funcionários quando ainda não estava em vigor seu atual mandato. Doze deputados acataram esse parecer; cinco foram contra.
Depois, a Polícia Federal indiciou o deputado federal, um assessor e um ex-funcionário de Boulos. Eles devem responder pelos crimes de corrupção e associação criminosa. O caso estourou no final de 2023, após o site Metrópoles revelar áudios em que Janones sugere a rachadinha, que é a prática de superfaturar o salário dos assessores. Nas gravações, o deputado ordena seus funcionários a lhe repassarem parte de seus salários para “ajudar a pagar as contas” de sua campanha à prefeitura de Ituiutaba, em 2016. Em junho, PF confirmou a autenticidade do material.
Candidatos exploram contradição do Boulos ‘paz e amor’
Mas não foi apenas Nunes que criticou o candidato do PSOL. Tanto a deputada federal Tabata Amaral (PSB) quanto o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) afirmaram que Boulos mudou radicalmente o seu discurso ideológico apenas para tentar atrair o eleitor de centro.
“Você abriu mão de muitos posicionamentos históricos que você e seu partido defenderem veementemente.
Você dizia que era a favor da descriminalização das drogas, agora é contra; dizia que era a favor da legalização do aberto, agora diz que defende a lei do jeito que está… agora mudou sua posição com reação à Venezuela, e reconhece que é uma ditadura”, declarou Tabata.
“Não dá para acreditar na figura de Boulos. Ele é de extrema-esquerda. Ele tem um partido que é 100% contra o que ele está pregando nas eleições”, acrescentou Marçal.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...