Moraes exibe sua 'fúria' novamente contra Daniel Silveira Moraes exibe sua 'fúria' novamente contra Daniel Silveira Moraes exibe sua 'fúria' novamente contra Daniel Silveira Pular para o conteúdo principal

Moraes exibe sua 'fúria' novamente contra Daniel Silveira

No despacho desta terça-feira (24), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teceu críticas contundentes ao exame criminológico de Daniel Silveira, elaborado pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro. O documento, que deveria fornecer uma análise detalhada do comportamento do ex-deputado, foi classificado por Moraes como "superficial" e carente de profundidade. O ministro determinou que o laudo fosse complementado, apontando a necessidade de um exame mais robusto e abrangente. A análise é fundamental para que a Procuradoria-Geral da República possa emitir um parecer sobre o pedido de progressão de regime de Silveira. Sem um laudo completo e bem fundamentado, o processo corre o risco de ser prejudicado, segundo Moraes. Moraes destacou que o exame foi baseado em uma "única entrevista" e que suas conclusões se limitam ao "momento atual", sem oferecer previsões sobre o comportamento futuro de Silveira.
Durante a entrevista com uma assistente social, Silveira alegou ter sido "mal interpretado" pelo STF e afirmou que não tinha a intenção de "configurar delito" ao gravar o vídeo no qual fez ofensas aos magistrados. Essa defesa, no entanto, não convenceu o ministro. Além da superficialidade do laudo, Moraes apontou que Silveira não demonstrou reconhecimento pelos crimes cometidos, mantendo a narrativa de que teria sido injustiçado.
O ministro frisou a importância de uma análise que inclua possíveis condutas futuras do ex-deputado, algo que considera essencial em qualquer exame criminológico. A ausência dessa análise compromete a validade do laudo, segundo Moraes. Para sanar essas deficiências, o ministro solicitou que a Secretaria de Administração Penitenciária responda a dez perguntas adicionais para complementar o laudo. Entre os pontos abordados, estão questões sobre o reconhecimento dos crimes por parte de Silveira, sua reflexão sobre os danos causados e sinais de periculosidade ou inadaptação ao convívio social. Essas perguntas visam obter uma avaliação mais completa e precisa do perfil de Silveira.
O advogado de Daniel Silveira, Paulo Faria, reagiu à decisão de Moraes, alegando que "juiz não pode formular quesitos" e que tal função cabe ao Ministério Público e às partes envolvidas no processo. Faria criticou a atitude de Moraes, afirmando que desrespeita o princípio da inércia, que impede o juiz de agir sem provocação. O embate entre a defesa de Silveira e o STF promete novos desdobramentos, enquanto se aguarda a complementação do laudo. A decisão de Moraes revela um tensionamento adicional no já conturbado cenário político e jurídico envolvendo Daniel Silveira. O episódio reflete não apenas a complexidade dos casos de progressão de regime, mas também a necessidade de laudos criminológicos que atendam a critérios rigorosos e imparciais. A continuidade do caso dependerá, em grande parte, da qualidade das informações fornecidas pela Secretaria de Administração Penitenciária.

Postagens mais visitadas deste blog

Militares enfim se manifestam contra denúncia da PGR

A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...

Allan dos Santos reaparece com novo carro, nova profissão e novo recado para “Xandão” (veja o vídeo)

O jornalista Allan dos Santos, exilado nos Estados Unidos, reapareceu nas redes sociais fazendo propaganda de sua nova atividade profissional. Allan está trabalhando como motorista de aplicativo em seu novo Tesla. Na publicação ele convida os cidadãos brasileiros a realizarem viagens com ele. O ministro Alexandre de Moraes requereu a extradição do jornalista, que foi negada pelos Estados Unidos. Allan, portanto, vive legalmente naquele país. Ele afirma que está gostando de sua nova atividade, mas que não vai deixar de fazer jornalismo. “Agora sou motorista de aplicativo e estou gostando muito. Não deixarei de fazer jornalismo, mas tenho prioridades, contas e não faço acordo com criminosos”. Finaliza mandando um recado para o ministro Alexandre de Moraes. Assista abaixo Allan com seu novo ⁦ @Tesla ⁩ - Cidadão livre na maior potência econômica e militar do mundo. Hoje a esquerda não dorme. pic.twitter.com/ltMCHbbFCC — Rafael Fontana (@RafaelFontana) October 30, 2024 ...

Brasileira naturalizada nos EUA tem prisão decretada por Moraes após postagem no X

A brasileira naturalizada norte-americana Flávia Cordeiro Magalhães teve sua prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Flávia, a medida foi motivada por uma publicação feita no X (antigo Twitter) em solo norte-americano, em 2022. Residente nos Estados Unidos há 22 anos, Flávia vive em Pompano Beach, próximo a Miami, onde se casou e teve um filho, hoje com 18 anos. Ela relatou à revista Oeste que sua conta no X foi bloqueada no Brasil por ordem de Moraes. Por não ter sido notificada oficialmente, Flávia continuou postando em suas redes sociais. Isso levou o ministro a decretar sua prisão preventiva, alegando descumprimento de ordem judicial. “Em dezembro de 2023, ao entrar no Brasil pelo Aeroporto do Recife, com meu passaporte norte-americano, fui informada de que meu passaporte brasileiro estava sob restrição”, disse Flávia. Moraes Considera Entrada Legal Como Uso de Documento Falso Mesmo tendo en...