Ministro abandona o plenário após ridícula discussão com ministra, em plena sessão do STJ (veja o vídeo)
A recente sessão virtual do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi marcada por uma inesperada e acalorada discussão entre os ministros Gurgel Faria e Regina Helena Costa. O ponto de discórdia girou em torno da leitura de um voto por parte da ministra Regina Helena, o que gerou uma situação inusitada e constrangedora em pleno plenário virtual.
Tudo começou quando a ministra Regina Helena Costa manifestou sua intenção de ler um voto referente a um processo do qual era relatora. No entanto, essa iniciativa foi recebida com resistência por parte do ministro Gurgel Faria. Para Faria, a leitura do voto era desnecessária, uma vez que o presidente da turma, ministro Paulo Sérgio Domingues, já havia solicitado vista do processo.
O ministro Gurgel Faria argumentou que a leitura do voto pela ministra Regina Helena poderia desviar a atenção dos demais colegas, comprometendo o foco do debate. Ele expressou sua preocupação de que, ao ouvir o voto da ministra, os outros ministros poderiam se esquecer dos pontos mais importantes do processo durante as discussões subsequentes.
Em resposta, a ministra Regina Helena Costa defendeu seu direito de ler o voto, afirmando que sua intenção era torná-lo acessível ao público. Segundo ela, a leitura seria uma forma de garantir transparência e clareza no julgamento, permitindo que todos os interessados pudessem compreender melhor os argumentos e fundamentos do seu parecer.
A situação atingiu seu ápice quando, diante da insistência da ministra Regina Helena em prosseguir com a leitura, o ministro Gurgel Faria decidiu abandonar a sessão virtual. Visivelmente irritado, ele se retirou do plenário, deixando claro seu descontentamento com a condução dos trabalhos e com a postura da colega.
O episódio chamou a atenção não apenas pela divergência entre os ministros, mas também pela forma como a discussão se desenrolou, revelando as tensões e os desafios inerentes ao ambiente de trabalho no STJ. A cena inusitada levanta questões sobre a dinâmica interna do tribunal e a importância da comunicação e do respeito mútuo entre seus membros.